domingo, julho 30, 2006

Falsidade, Mentira e Amizade... Algo em comum??

Ultimamente tenho pensado em algumas palavras que parece que mudaram de significado, pelo menos para algumas pessoas.
Decidi então procurar num dicionário o significado das mesmas, para comprovar se entretanto teriam havido alterações.

Falsidade: qualidade do que é falso; mentira; invenção maldosa; embuste, hipocrisia; fraude.
Mentira: ilusão (entre outras palavras).
Amizade: companheirismo; cumplicidade; dedicação; pessoa amiga.

Afinal não estava enganada. O significado destas palavras continua o mesmo que eu sempre conheci.

Então como é que é possível existirem pessoas que trocam tudo? Será que são tão pouco inteligentes que não saibam o seu significado ou serão "fazedoras" de novos significados??

Numa experiência recente, percebi que me enganei, durante muito tempo, numa relação.
A fertilidade da mente da outra pessoa permitiu-lhe criar uma ilusão, cheia de mentira ao ponto de haver ruptura total, com a agravante de que a certeza de tudo o que se passava no seu mundo de ilusão e mentira é que sempre foi a mais pura das verdades. Como é normal, a verdadeira verdade, desculpem a redundância, veio ao de cima e agora, para obter frutos que não conseguiu alcançar e colher, há que tentar uma aproximação vã.

A amizade para mim significa isso mesmo, pessoa amiga com quem se cria cumplicidade, através de companheirismo e dedicação. Não se pode ter uma amizade onde a mentira, hipocrisia e ilusão existam e sejam a supremacia da relação.
Não se pode ter uma relação de amizade, ou de outro tipo, quando as pessoas não são sinceras umas com as outras, ao ponto de criar outras identidades, e falando no universo bloggista, criando outros blogg's, para se poder dar um parecer.
Gostaria de poder dizer a mim própria: "Amiga tu é que estás enganada e o que acabaste de escrever é fruto da tua imaginação!".

A amizade, para além de rara, deve ser espontânea e aberta, sincera e sem manipulações.

Meus caros amigos, os que realmente são e os que eu considero como tal, não vos quero perder, pois são raros e preciosos.

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

... a ilusão faz parte do imaginário de qualquer pessoa. necessitamos dela por vezes para nos refugiarmos deste mundo que se apresenta de uma forma menos «feliz». os dias têm destas coisas: cada dia que passa, a cada dia que envelhecemos e caminhamos para o incerto, o percurso torna-se mais penoso... melhor, por ser o nosso, um percurso consciente tomado com um parecer autómano, mas pouco ingénuo... mal tratado. Mas isto são apenas vicissitudes da vida.
como seres cognitivos, que apreendemos tudo o que se sucede neste desenrolar de dias, definimos um percurso. decidimos o «modo» como lidamos com estas particularidades. acredito, sinceramente, que em momentos em que a nossa mente nos pregue uma partida existam prioridades trocadas, contudo, acredito também que os valores de «berço» nos acompanham para além da demência. acredito que por vezes a demência, ou um outro estado qualquer que não me interessa defenir, um estado para além do dito normal, possa alterar bastantes coisas... mas valores como a amizade, a honestidade, a sinceridade... esses quando interiorizados não mudam...
o pior desta troca de prioridades é que por vezes se tornam insuperáveis de desculpar... por mais ilusionista que esse mundo seja, na realidade externa... aquela que é vivida pela maioria não consegue esquecer a perca desses valores... é a consequência dos nossos actos. nunca nos podemos esquecer que tudo o que fazemos tem consequências bem como prioridades e depois de definidas... é pena! mas as atitudes ficam, a lembrança até se pode desvanecer... mas numa amizade há coisas difíceis de perdoar...

7/30/2006 1:58 da tarde  
Blogger sónia said...

"para obter frutos que não conseguiu alcançar e colher"...nesse ponto estás enganada!
as "desculpas" são sinceras e o "obrigada" também. e essas palavras são apenas para ti e sem o intuito de alcançar o que quer que seja. mesmo consciente que nada se alterará entre nós, preciso de o fazer. acredita se quiseres, aí não poderei fazer nada. mas estou a ser SINCERA: desculpa e obrigada.

(tirando o pai natal e o coelhinho da páscoa..sempre assinei com o meu nome)

7/30/2006 4:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

«As desculpas evitam-se!!» ditado popular

Sejam quais forem os motivos, por vezes pedir desculpa não basta. É preferível arcar com as consequências e no minimo aprender alguma coisa com a situação.
Por vezes uma amizade vale no facto de se perceber que se errou e não pedir desculpas só porque realmente se deve!
As desculpas só valem quando sentidas.

7/30/2006 6:39 da tarde  
Blogger sónia said...

"cliché"..
arquei e estou a arcar com as consequências; aprendi e continuo a aprender com esta situação.
errei. concordo: não estou a pedir "desculpa" e a dizer "obrigada" porque devo, mas porque sinto realmente.

7/30/2006 6:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

porque é que o nariz do pinóquio crescia muinto? Porque mentia...

7/30/2006 6:58 da tarde  
Blogger sónia said...

lamento desapontar-te, mas não estou a ser hipócrita.
se não sentisse verdadeiramente, nunca faria ou nunca diria.

7/30/2006 7:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mentira nada tem a ver com a hipocrisia. Sou um boneco de pau, mas ainda sei distingir a diferença entre mentira/hipocrisia...

7/30/2006 7:07 da tarde  
Blogger sónia said...

..também não estou a mentir - lamento o lapso de conceitos, mas aquilo que sinto e me fez agir mantém-se sincero.

7/30/2006 7:12 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

o problema está precisamente no lapso. Será mesmo lapso? Haverá mesmo sinceridade? Conheces a história do lobo?
E o que dizes ao lapso do tempo?
São Tomé "dizia ver para crer"! Será que foi S. Tomé? Ou também será um lapso...

7/30/2006 7:23 da tarde  
Blogger sónia said...

pinóquio,
se não fosse sincera, não o estaria a fazer.
lapso de tempo? todos somos "santos e pecadores"..o tempo fez-me ver que a iniciativa teria que vir de mim e quando senti, agi.
não sei que santo o disse, mas se precisas de "ver para crer" podes olhar-me quando quiseres.
eu prefiro sentir para crer, "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos"..e não foi um santo que o disse..não conheço santos.

7/30/2006 7:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

pinóquio como boneco que é não percebe muito bem a "espécie" humana, daí questionar, porquê? Porquê só agora? A solução do problema está precisamente ai! Porquê só agora.
Desculpa mas pinóquio nao entende...

7/30/2006 7:41 da tarde  
Blogger sónia said...

completando ainda atrás:
Mentira - s. f., afirmação contrária à verdade; falsidade; ficção; ilusão; juízo errado; indução em erro; persuasão falsa.
Hipócrisia - s. f., impostura, fingimento; manifestação de virtudes ou sentimentos que realmente se não tem.
...
tal como já disse "todos somos/fomos "santos e pecadores"..o tempo fez-me ver que a iniciativa teria que vir de mim e quando senti, agi"..o sorriso de uma pessoa e os olhos de outra (coisa mt recente)foram o impulso que precisava sentir para agir - ao vê-los, senti e não demorei muito para o fazer.

7/30/2006 7:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mestre Gepeto esculpiu-me de um pedaço de pau, sonhando e transformando-me nesse boneco que todos conhecem por pinóquio.
(In) felizmente que no meu cérebro só existe serradura; mas não passo de um boneco, não vindo daí nenhum mal ao mundo.
O grave é quando alguns humanos, julgando-se muito inteligentes menosprezam a inteligência e, a sensibilidade dos outros.

7/30/2006 8:20 da tarde  
Blogger sónia said...

não menosprezo quaisquer qualidades e/ou sentimentos dos outros.
repito, não estou a "fechar nem a abrir janelas"..não pretendo colher frutos, não estou a agir de forma instrumental - se fosse dessa forma, já o teria feito antes.
tanto que o silêncio das pessoas é evidente e claro..e eu continuo aqui a falar para o boneco.

vanda: desculpa e obrigada.

7/30/2006 8:28 da tarde  

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