Desabafo de uma amiga!
Hoje, em conversa com uma amiga na net, ela enviou-me um texto escrito por ela, em forma de desabafo, uma descompressão de sentimentos.
Apesar de não concordar com tudo, identifiquei-me.
"Chegaste sem que eu desse conta. Talvez tenhas tocado à campainha mas hoje vejo que estava distraída com algo. Provavelmente absorta no meu mundo.
Foste entrando, quiseste correr o risco de abrir a porta e, deixar-te deambular por divisões que julgavas conhecer; para ti não era a primeira vez que pisavas aquele chão, conhecias os cantos à casa como se fossem teus. A cada passo invadias-me, possuías-me e eu mal me dava conta. Julgava-me segura até a casa começar a ruir... Quando saíste e, não fechaste a porta, apercebi-me da tua passagem... Deixaste a porta entreaberta, o frio começou a entrar e a tua ausência a fazer-se sentir.
Enquanto permaneceste não dei por ti... Devias ter fechado a porta! Foste o mais sublime, o que apelidei de “o mais sublime dos cabrões” e, a culpa foi minha... tudo porque não mandei arranjar a campainha!
Da próxima peço que toques, que batas freneticamente à porta e, que no hiato de eu chegar, pé ante pé à porta, não desistas...que me oiças perguntar do outro lado – quem é... ouvir-te responder e, sussurrar-te em seguida enquanto olho ao relógio...demoraste tempo demais na tua não linearidade! Perdeste-te no tempo. No teu. E desencontraste-te do meu.
Neste hiato, entre quartos e pátios da minha casa, tocaste-me e eu perdi-te o toque, o teu cheiro, desencontrei-me do teu olhar, de ti, entre corredores labirínticos. Perdi-me de mim e encontrei-me no vazio da sala sob o horizonte.
Encontro-me agora de pé, não à tua espera mas à minha. À espera do retorno a mim mesma enquanto a luz teima em fugir para dar lugar à escuridão.
Amanheceu e eu não dei conta. Dou por mim em pé, ainda na sala a olhar o horizonte e, pergunto-me...estás aí?"
Foste entrando, quiseste correr o risco de abrir a porta e, deixar-te deambular por divisões que julgavas conhecer; para ti não era a primeira vez que pisavas aquele chão, conhecias os cantos à casa como se fossem teus. A cada passo invadias-me, possuías-me e eu mal me dava conta. Julgava-me segura até a casa começar a ruir... Quando saíste e, não fechaste a porta, apercebi-me da tua passagem... Deixaste a porta entreaberta, o frio começou a entrar e a tua ausência a fazer-se sentir.
Enquanto permaneceste não dei por ti... Devias ter fechado a porta! Foste o mais sublime, o que apelidei de “o mais sublime dos cabrões” e, a culpa foi minha... tudo porque não mandei arranjar a campainha!
Da próxima peço que toques, que batas freneticamente à porta e, que no hiato de eu chegar, pé ante pé à porta, não desistas...que me oiças perguntar do outro lado – quem é... ouvir-te responder e, sussurrar-te em seguida enquanto olho ao relógio...demoraste tempo demais na tua não linearidade! Perdeste-te no tempo. No teu. E desencontraste-te do meu.
Neste hiato, entre quartos e pátios da minha casa, tocaste-me e eu perdi-te o toque, o teu cheiro, desencontrei-me do teu olhar, de ti, entre corredores labirínticos. Perdi-me de mim e encontrei-me no vazio da sala sob o horizonte.
Encontro-me agora de pé, não à tua espera mas à minha. À espera do retorno a mim mesma enquanto a luz teima em fugir para dar lugar à escuridão.
Amanheceu e eu não dei conta. Dou por mim em pé, ainda na sala a olhar o horizonte e, pergunto-me...estás aí?"
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